quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cálculos eleitorais e eleitoreiros...

São 53 vagas para deputado federal em Minas. Suponhamos que esse ano teremos 10.600.000 votos válidos. Serão 200.000 votos por vaga. Esse é o quociente eleitoral. Quem conseguir essa votação estará eleito.

Na prática, um ou outro alcançará esse número. Digamos que uma coligação consiga 3.743.391 votos. Dividindo esses votos por 200 mil teremos 18,716955. Esse é o chamado quociente partidário. Eles elegerão 18 deputados e terão uma sobra de 0,716955. Os eleitos serão os 18 mais votados dessa coligação.

Depois de usados todos os inteiros, teremos, por exemplo, 43 vagas preenchidas. As 10 restantes serão distribuídas segundo as sobras de cada partido ou coligação. A wikipedia explica como é feito esse cálculo.

Algumas distorções costumam acontecer. Um exemplo um partido lança um nome nacional como candidato (é o chamado puxador de votos). Eneas teve uma votação recorde em São Paulo. Elegeu-se e ainda levou alguns deputados do Prona para a câmara com uma votação de uns poucos mil votos. Eles eram praticamente desconhecidos.

Outra distorção. Os eleitos não são simplesmente os mais votados, no resultado geral. Na ultima eleição, tivemos deputados eleitos com 35.000 votos e outros que ficaram como suplentes com 67.000.

Todos os dados acima são reais, apenas arredondamos alguns números para facilitar.

Como consequência dessas regras, algumas coligações obrigam os partidos participantes a apresentarem um número determinado de candidatos. É facil entender por quê. Suponhamos que um partido queira eleger três candidatos. Ele lançará apenas esses três, que terão uma votação expressiva e usará o votos da coligação para elegê-los. Outro partido que apresentar muitos candidatos, com boa votação, poderá ter um número de votos maior, mas elegerá menos deputados dentro da coligação.

Por outro lado, dentro de um partido, que tenha a esperança de eleger poucos deputados, os candidatos com muito potencial de votos são olhados com desconfiança. Já candidatos com pouca votação, serão bemvindos. É a nossa democracia.

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